No momento em que muitos cobram o “tudo para ontem” e pressa do dia a dia consome o tempo das pessoas, o Baiuca surgiu com uma proposta diferente. O café possui uma postura de “slow food”, para que os clientes desfrutem de um cafezinho e pão de queijo calmamente.
Mas esse não é o único diferencial do estabelecimento, bem novinho, por sinal, que começou suas atividades no começo de 2019, criado por Wildiellen Barbosa.
Localizado no terraço do UMA Casa Colaborativa, que funciona como um espaço de coworking, tanto o café quanto o UMA funcionam como uma rede colaborativa, integrando serviços e pessoas diferentes, tornando possível comprar alguns acessórios na lojinha da frente e depois tomar um cafezinho no terraço. Além disso, o espaço realiza diversas atividades, como bingos e feirinhas, além do Clube do Café. O Baiuca também tem algumas parcerias, com a Casa da Mio (@casadamio) e Doce Amor (@doceamor_taubate), que produzem geleias artesanais e naturais.
A cafeteria possui um cardápio que, apesar de não ter milhões de opções, foi montado de uma forma eficiente, com opções de comidas caseiras escolhidas por Will e feitas de forma natural, como as panquecas, tortinhas de frango e pães de queijo. No caso das opções de bebida, a Giovana Vicentini, barista do Baiuca, explicou que sua decisão foi de manter a simplicidade, com um número reduzido de opções adaptáveis ao gosto do cliente. “Ele olhando o cappuccino (por exemplo), que ele já sabe mais sou menos o que esperar, eu monto a partir disso. O cappuccino terá chocolate ou canela? Será italiano ou brasileiro, tradicional? Eu consigo adaptar”, explicou.
O principal fornecedor do café é o senhor Ari de Oliveira Filho, produtor da Fazenda Vargem Grande, em Alto Jequitibá (MG), da Serrá do Caparaó. O café também vende algumas gramas dos grãos, moídos ou não, para aqueles que quiserem passar o café que experimentou na própria casa. “O barista é um contador de história que cria conexões”, afirmou Vicentini enquanto explicava a importância de se contar a história do café para a pessoa que o está apreciando, também citando as conexões emocionais ligadas à bebida.
No primeiro café, Giovana já lançou o desafio de acertar o sensorial. Por incrível que pareça, a primeira impressão de pimenta era a correta. “Tem que confiar no instinto, na primeira coisa que você sente”, contou a barista, que também fez uma comparação do ato de passar café com a química, por fazermos extração de um produto e transformando ele em outro utilizando o calor e o solvente (água) para extrair os compostos.
Ainda bem pelas reações químicas, porque o cafezinho quente estava bom de mais.