Passando pelos canais de televisão nos deparamos com várias competições culinárias, como Master Chef, Guerra dos Cupcakes, Cozinha Sob Pressão, Cozinheiros em Ação e assim por diante. Mas as bebidas não ficam de fora. Também existe uma competição só para os apaixonados por fazer café, o barista, é claro. Há 20 anos, foi realizada a primeira competição de baristas, onde os participantes têm a oportunidade de demonstrar todas as suas habilidades em preparação de café.
O primeiro Campeonato Mundial de Barista (World Barista Championship) foi idealizado por entusiastas do café, em Montecarlo, na Itália, em 2000. Com a proposta de criar uma competição para mostrar o trabalho dos baristas ao redor do mundo.
O WBC é o pioneiro dessa categoria, e até hoje realiza eventos anualmente. O campeonato pertence à SCAA (Specialty Coffee Association of America) e pela SCAE (Speciality Coffe Association of Europe), que também tem o objetivo principal de apoiar os profissionais, promovendo crescimento e reconhecimento.
Com o sucesso do Campeonato Mundial, os amantes de cafés brasileiros resolveram trazer a competição no país com a mesma proposta do WBC. No Brasil, criado em 2002, o evento é organizado pela BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais) e ocorre juntamente com o Concurso de Qualidades de Cafés do Brasil – Cup of Excellence.
O campeonato brasileiro tem o mesmo modelo do mundial, funcionando da seguinte forma:
Xícaras, colheres, leiteira, café em grãos e todos os equipamentos necessários para a elaboração das bebidas é de responsabilidade do participante.
Cada barista tem 15 minutos de apresentação. O profissional deve preparar quatro expressos, quatro cappuccinos e quatro bebidas de assinatura à base de café, não podendo ser alcoólicos.
Os competidores são avaliados por seis juízes, dois técnicos e quatro sensoriais. Os técnicos avaliam a habilidade, capacidade e consistência dos candidatos, pelo seu reconhecimento e uso de equipamentos. Já os juízes sensoriais analisam a apresentação, sabor e temperatura das bebidas, também levando em conta o uso de xícaras e trajes dos baristas. O juiz-presidente tem o encargo de acompanhar toda a competição, provar as bebidas, esclarecer dúvidas dos juízes e verificar as notas de avaliação, esse juiz não dá a nota.
As notas vão de 0 a 6. São avaliados o preparo de expressos (conhecimento do moinho, dosagem e compactação), preparação do cappuccino, limpeza do porta-filtro, desperdício, extração, vaporização e preparo do leite e a bebida de criação própria.
Difícil não é? O barista precisa ter muita dedicação, criatividade e atenção, para se destacar no meio de tanta gente talentosa e chamar atenção dos jurados.